Para que falar de flores,
sendo que a vida é feita:
junto à causa)
também de dores.
Para que ser tão profundo,
se realmente fadados estamos,
num caminhar conjunto,
a abandonar este mundo.
Para que pintar fantasias,
se elas são assim,
como nós)
seres repletos de hipocrisia.
Para que refletir,
se o hoje se faz sempre,
seria inocente?)
de um simples ir e vir.
Talvez porque sejamos amorosos.
Talvez porque sejamos temerosos.
Ou então por existir esperança,
naquele estranho sentir daquela dança,
na brevidade da cidade mansa.
Isso é apenas um questionamento,
que eu saiba, nada compromissado.
Mas diga-me, então:
para que escrever,
desse jeito lento e programado?
(...)
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