23 de abril de 2019

Well well well...

Análise

Não há melhora,
não há a hora,
para que eu possa
dessa terra -
dar o meu embora.

Não há a razão
complementada,
para uma alma assentada
de uma vida de nãos.

E agora, o que faço?
Preso num laço
sem saber a resposta
eu olho, sem foco
para mais essa mesa posta.

Nesse altar que é a vida
um lugar de lástima e dor
que me toma numa taça partida
e me desce com profundo ardor.


2 de abril de 2019

Século XXI

Chove lá fora
úmido e a casca na árvore
ela está
com olhos marejados agora
não de uma brisa, 
mas uma alta maré.

choveu lá fora e aqui dentro
na gaveta bonita do criado
no seu devaneio
encharcando, os nós.

Está seco e não te convém, 
nós braços de outrem
se vê triste, pois 
só a chuva -
- Faz-me bem! 

E sob muitas das flores
e cores
e dores 
novos amores 
dessa estação, 
cá estamos. 
Aqui dentro, 
pois chove lá fora.

15 de outubro de 2014

Sobre um romance...!

Carta de amor.

Incondicionalmente 
Vou vivendo essa aventura
De amar novos anseios
Desejar traços curvos 
Dançar pensamentos de inverno 
e beber de vinhos escuros

Incondicionalmente 
Estou trilhando a minha sina
Forma desatada
nova esquina;
Um ébano que banha meus olhos
com seu floreio de claro ardor
E um mote do novo amor 
que inspirou teu olhar sofrido

Eis que tradicionalmente 
vais cruzando dúbios antares 
causando em mim 
Cós de novos ares;
Desprovido dum sentir esquecido
duma rodada já servida 
dum coração já partido...

Eis que então,
incessantemente;
vou-me cego guiando pelas bordas,
das entranhas desse sentimento
Arrancando fechaduras das portas
Aguardando por um momento...

Que você venha e diga que me ama
Incondicionalmente.


10 de outubro de 2014

Versos soltos...!

Teoria da Conspiração 

Seu encanto
Minha casta
Que me abraça,
me atrasa
E corre o rio
e morre a planta.

estou contido
Em nua libido
Do homem avante! 
Mas me é gritante;
da solidão que arrasa
parte de  tua asa.
E leva-me ao canto.

Tua boca prende
ao homem,
Um ente! 
do clamor ao luar
espada fria ao cortar
Um novo enlace de um amar

Figuras flácidas floreiam férteis fontes
E a torrente cálida, 
De um amante!
cuja sangria alva,
cujo calor aquém, 
fora jogado ao monte
por um outro ninguém. 
Inconstante 

Palavras soltas,
de um viajante.

8 de outubro de 2014

Poema escuro.

Imerso em ilhas escuras
Por detrás de um sonho aguento
Vou caminhando relutante 
Desse jeito de um aspirante
A uma vida dum lacre sangrento 

Sua aura é sombra que me cega
Seu olhar é tonaz verde que me encanta 
é o tolo cuja crença gera tanta desavença
pois me culpo por em breve cair 
em céu aberto há novo tempo. 

O trapo que me vestiu já agora me enoja.
Uma fração de alma que larguei para trás 
[num alento extenso de tensão]
Tão breve me traz essa sensação 
Que canta em altos brados aos meus ouvidos 
Já surdos!
De pura magoa, ardor e são. 

20 de fevereiro de 2013

conexão...!

Voltemos então! Não deixemos o escrito caminho de lado. Já que esse foi consolidado há muito! Espero retornar dignamente! =D

Ligação

Ouço um barulho, incessante ao mar.
É harpa vibrante, alvo luar.
Escuto calado, o som que é falante
embala consigo um amor comfortante.

A primavera, luz do dia...
Dentre horas eu caçaria!
Algo assim, que Eva,
não faz por mim.

É como um gancho, ferroso;
traz um amigo, pelos esguios
caminhos de fé e descrença,
qual a tola desavença,
mostra-se evidente.

És pois, meu amigo!
E mesmo que clava,
em meu peito,
crio contigo,
uma oscilação,
uma colisão,
um medo...
                    de um não.

Num cenário perfeito,
de uma ligação.

18 de novembro de 2012

o paradoxo da vida...!

É tão bom estar perto dos que queremos bem...
[mas]
É tão triste saber que há uns que duvidam da sua alegria...
Façamos então uma sinfonia.

Afinal, essa, é composta de altos e baixos
assim como a vida.
Hospeda contigo bons momentos,
audíveis, de belo e claro tom.
Momentos em que desejamos viver para sempre.
[mas]
São nesses que nos fazem sentir algo,
que nos deixam de ouvido em pé,
que também nos trazem de volta a realidade
por ouvir algo sereno.

Mas as pequenas batidas, a mensagem grave do ar,
ah... Essas prendem nossa atenção,
desviam a antiga ilusão, de final feliz...
Tensos sentimentos, imprevisíveis.
[mas]
e é quando achamos que está mais forte,
mais amargo,
onde a vida clama por nova chama,
que o novo renasce.

E o quão complicado é!
De se ver, ouvir, sentir, amar...
Porém quem foi que disse que viver era tão fácil?
Afinal, quem tem um pessegueiro,
sempre quer colher um limão...