7 de novembro de 2011

Relato do Encontrado...!

"Não acreditei quando me disseram uma vez que sairia ileso de tão vil forma de viver.
O que me ensinavam, de nada memorizei. A vida, a morte, de que valeriam tais obstáculos pelos quais me sentia atraído?
Do qual a ignorância, humana! Se fazia a todo momento; me perdia na mente por um alento, ao que me via dançando sobre geladas labaredas aos venti.


Ah! Que contraste! Que ironia...
Eu sentia. Que deveria terminar, acabar, renunciar de uma vez, até mesmo renascer; das pedras que um dia eu atirei, da flor que eu nem sequer cheirei, das humildes e luxuriosas vezes, que desejei...


O mar. Ao céu. Por ti."







7 de setembro de 2011

O fato de que se é...

Amadulhecimento

As vezes penso que somos como elas.

Havia aquela árvore, grande...
Sempre carregada de frutas.
Não sei quais eram; eram belas,
surgiam como flores, brotos, verdes.
Ficavam um bom tempo lá, paradas,
observando o mundo de cima, mostrando,
ar de superioridade, incerteza.

E por que não dizer que somos como elas?

Passava o vento, agitava as folhas...
As frutas balançavam,
ameaçavam cair, não caíam!
Não adiantava; não era hora.
Observava-as, contemplando.
Vez ou outra uma desistia,
saía da companhia fraterna...

Porque talvez sejamos como elas.

Passar uma parte da vida dependurados,
olhar o nosso mundo, de um ângulo diferente!
Estar tão perto da alegria, do céu...
O tempo corroi.
Deixa-nos insensíveis, precisos;
a atração natural finalmente acontece,
cedemos espaço ao espaço, caímos.
Pesadamente em direção ao novo mundo,
um novo sentimento.
Creio que caímos, em direção a um nascimento...

Já mencionei que parecemos com elas?




"Sabe, não me lembro bem como esse texto surgiu, mas sei que foi algo sobre como vemos e vivemos o mundo. Não é dos melhores, mas o recado foi dado. Até, caríssimos."  =D

2 de setembro de 2011

Reerguendo os muros...!

"Depois de mais algum tempo, revivo o botão da postagem! Não sei se a inspiração me faltava, se chegava. Enfim, eis aqui um texto cuja interpretação é dependente de cada um. Volto com mais em breve."


As cruzadas.


Desde a última viagem que fiz,
retornei com inúmeras perguntas.
[Soluções para afirmações?!]
Cujas quais levarei comigo.
Não se deveria, enfim;
tirarei as dúvidas se pensar por mim.
Seria simplesmente sóbrio, sedento?
Por algo que clama, cuja alma é chama,
do broto que precoce canta torto?
Propus começar de onde parei, de onde vivenciei e apreciei, [cada momento]
é essência ao 'desnatural'.


Quero fazer um avião de papel,
e nele voar.
Algo que eu faça com mas mãos,
por favor,
me leve do chão.


Já que aqui, sei sim ou não,
posso sentir meu questionamento.
Em vão.


[proponho-me a viajar.]

10 de julho de 2011

Inconsciência à parte...!

Houve uma vez que plantei umas sementes,
num canteiro pequeno, mas plantei;
alegria, esperança, amizade e
algo que eu fazia para mim.
Esperava vê-las nascer logo,
tão cedo me pus a ajudá-las.
Todas as breves e limpas manhãs,
ia eu me certificar da segurança;
fazia chover em terras ainda úmidas.
Quero vê-las crescer, nada importava!
Ah, se queria!


Aumentei o meu desejo,
saciei a sede de algo novo, 
foi quando finalmente um dia, eu
não vi o que foi visto.
Havia um broto, algo surgira!
Nunca me senti tão bem...
Um único broto, apenas
fiz o que todos teriam feito.
Em condições normais,
senti que era um pouco estranho.
De todas, consegui aflorar apenas uma...
Não entendi o porquê.
Uma singela e pequena ponta verde
que simples se erguia, crescia.
Uma.


Pensei que deveria plantar ainda mais!
Desta vez, o dobro.
Para que mais algumas surgissem, quem sabe,
e que eu mais uma vez,
me alimentasse da minha sede.
Interminável.




"Refletir como um ato de medo não nos faz ser mais valentes em relação às nossas atitudes...

29 de junho de 2011

Por trás de um reflexo invisível...!

Espada e Espelho


Tem um armário no meio do jardim.
Nele não sei o que tem dentro.
Ele é bonito, alto e sucupira,
mas o jardim se mantém assim:
flores belas e plantas verdes.
Chego perto do armário, tento abri-lo,
mas não abre, está trancado...
Onde está a chave? - pergunto.
Não encontro. Desisto.
Esqueço-o, então; vou para a margem.
Ando distraído, não vejo a rosa...
Nela eu piso, vejo; machuco-me,
seu espinho adentrara em mim.
O sangue sai, ardente.
Rubro fluido de quente valor,
colore a natureza,
a verde natureza se torna rubi;
algo se destranca!
O armário se abrira.
Dentro, um espelho me refletia,
mas eu me via despido; de alma, amor, consciência...
Sentia-me infectado pela humilde flor,
minha vida tomara outro rumo,
e por um instante de segundo,
entendi que minha vida era muito simples.



16 de junho de 2011

O quê...?

Olá a todos!

Venho aqui por meio destas palavras comunicar-me diretamente com vocês, pois parece que metaforicamente as coisas ficam mais complexas, naturalmente.

Desde que comecei a pôr em palavras o que vem na cabeça, vejo alguns questionamentos e dúvidas em  relação à algumas alegorias... Mas vejo elas de uma forma boa, pelo menos sei que ainda existem alguns únicos capazes de lerem o que um mortal escreve sobre seus questionamentos. Mas vejam só que coisa incrível! Me questionam sobre o que questiono sobre o mundo! Não é admirável?
Então, sou obrigado a fazer outro questionamento: Todas as questões aqui em questão um dia serão respondidas? 

Bom, já que estamos todos em dúvida, acho que a resposta é não... Mas tudo bem, de nada vale a vida sem uma boa pergunta sobre o mundo que nos cerca. Afinal, que nunca perguntou: "Por quê?"...

Abraços a todos os fellas, espero que cada vez mais possamos compartilhar dúvidas! Até.

Não nos dignificamos à...!

Sombra e medo

À noite, durmo.
Num doce entrar de descanso,
minha alma revigora;
[um dia a menos de vida]

Não só descanso, digo eu!
Entro num mundo só meu,
de puro sentir e solidão...
Meu local favorito de reflexão.

Ergo-me em enormes pilares,
onde por cima belos mosaicos dançam;
Aos que pergunto, sonhas?
Se não, da forma se afastam.

Nesse local de fantasia diferente,
que é feito também de escuridão,
se piso num lugar mais a frente,
vejo pombas brancas brotarem do chão.

De um chão de escuridão!
De uma construção em demolição!
Um mundo bem profundo.
E de um descanso, que tão breve, me canso.

...

9 de junho de 2011

Poemas perdidos em versos encontrados...!

"Olá, fellas. Bom, feita a promessa, agora tenho que cumpri-la não é? Aqui vai mais um texto bem velho... Juro que para mim ele não tem nenhum significado mais, mas achei interessante falar de algo que nós passamos o olho tão rapidamente. Bem, aqui está, e em breve, terei por aqui uma história mais interessante... Até!"


O Segredo da Palavra

Olha ela lá, a palavra.
Aquela que vem de cara,
com uma força brutal,
que pode também ser passional.
Ou não.
Te veem muitas, complexas.
Às vezes compridas, confusas;
esbofeteam-lhe a cara,
fazem piada e contam histórias.
Uns tentam ganhar proveito dela:
Aprendem tudo a seu respeito,
leem-na, releem-na, e logo depois,
num traço de instante,
ela os passa a perna,
e ri.

Maldosa ela é, garanto.
Pode ser de extrema mentira,
de má índole; de ordens e conselhos
há muito escritos.             [ e descritos. ]
Porém necessária ela é,
eu digo:
Conta-nos o que acontece agora,
ou o que deixou de acontecer.
Pode parecer estúpida, mas...
É parte de nosso ser.
Seja manuscrita ou digitada,
a palavra não é, [ penso eu ]
uma coisa unificada.

E a idolatro, plenamente.


29 de maio de 2011

Um retorno quase triunfal...!

Caríssimos!


É com grande alegria que informo a todos que voltei! Depois de um grande período de "recesso" retorno de minha ausência comemorando um ano de blog.


Já se passou um ano desde a primeira postagem! Atrevo-me a dizer que tudo foi muito rápido. Foi um ano de textos, comentários (muitíssimo sarcásticos), duras críticas e poemas (projetos não faltam!).
Enfim, consegui manter viva essa humilde página na internet, e devo confessar que foram muitas as vezes que pensei em excluí-la, mas também houve pessoas que me incentivaram a continuar, e eu as ouvi. Muitas vezes. Há mais seres nesta jornada do que somente eu.


Bem, pretendo continuar por mais um tempo, até que a imaginação tenha se esvaído por completo da minha mente. E até lá...
Deixo-os agora com um texto, cujo significado ainda não defini, apenas interpreto. Eis:


Amor e Estrelas caem


Ponto que preenche um manto negro,
calor que incendeia um sujeito e o medo.
És tu que ilumina as minhas superfícies,
de uma terra ausente de dor e vícios.


Necessito de ti como uma alma.
Sozinho aqui não enxergo nada...
Acanho-me então em solidão tentada,
e me cubro em teu seio que logo me acalma.


(...)


Sendo eu burro camaleão,
cujos disfarces logo se esvão,
rápido mudo a fauna,
e tão cedo vejo-me leão.
A te caçar,
idolatrar,
observar,
apontar,
amar,
à luz de um luar...


Não considero morrer uma hipótese,
mudar de mundo é mais conveniente a mim.
Se deixas o pó para o céu viajar,
mudo contigo para até lá chegar.


E talvez quem sabe um dia,
depois de um incontável tempo de alegria,
eu possa questionar:
"Pai, o que são as estrelas?"
Se eu dissesse, você nem iria imaginar.


[Contemplo.]




27 de março de 2011

Mas vejam só...!

"Eis que consigo postar alguma coisa! Quem diria... Pois bem, aqui vai um texto há muito produzido, alguns já conhecem. Para quem não conhece, este é o poema..."

O Relógio

Vem o tempo, que nos ensina,
a cada sentimento
ou uma nova sina.
É algo lá de dentro,
único e especial.
Amor, amor, fogo e tal.

Ora você, que delimita,
que determina um humilde prazo.
Se o tempo lhe irrita,
não se permite um outro atraso...
Sempre perigo, perigo.
    [falha contigo?]

O mundo gira em nova face,
nele você, anda se organiza.
Quase tudo te pega num enlace,
Te pega o tempo noutra forte brisa.

Já não basta o que há a dizer,
seu tempo é algo paciente.
Ilustre sentir de um viver.
Sem você amor, não sente.
   [um ente.]

25 de março de 2011

Nota.

Infelizmente, devido a um problema de força maior, não postarei por algum tempo... Essa tecnologia... Mas não demoro! Em breve, novidades. Abraços, fellas.

19 de março de 2011

Um pensamento acerca do mundo...!

Retrato Falado Fatal

 Outro dia desenhei algo.
Usei minha imaginação e fiz:
animais, flores, coisas e gente.
Cada um ficou incrível.

Os animais pareciam vivos;
alguns belos e exuberantes,
aves com penas brilhantes,
macacos de aspectos fascinantes,
e peixes traçados como diamantes.

Já as flores ficaram atraentes.
Rosas com um vermelho carmim,
brancas e perfumadas jasmins,
orquídeas que digo sincero:
jamais vi algo assim.

Para retratar o mundo,
desenhei algumas coisas...
Prédios, pontes, carros.
Tudo o que se vê por aí.
Mas esses me deram um pesar...
Que simplesmente não sei explicar.

E por fim fiz o homem.
Bem composto, visível e vestido.
O que eu não esperava, foi ocorrido.

O homem que fiz, destruiu:
tudo o que fiz.
As flores, as aves, macacos, construções...
Tudo para justificar a sua sede,
seu egocentrismo de gerações,
sua armadura dura feito parede,
seu sentimento por sentir-se superior...

             ***

Outro dia desenhei:
novamente o homem,
porém com um desafio.
Ele por cima da natureza,
e a sua vida por um fio.

Nesse dia dormi tão bem...

13 de março de 2011

Algo que se pode pensar...!

O Sonho do Viajante - parte I

Quando a gente acorda de manhã bem cedinho, naquele tempo acalorado, dá pra ver o que o mundo nos transmite. O frio do vento que suave nos acaricia ao abrirmos a janela... A fraca, porém bela luz do sol nascente nos deixa mais tranquilos... Os homens que ganham a vida da terra já a preparam desde cedo. Tudo nos faz ter mais certeza de que o esse mundo é maravilhoso. Ao caminharmos por lá, descalços na verde grama ainda úmida de orvalho, sentimos uma vontade enorme de ser vivente, como se de repente, todo o planeta valesse a pena, cada ser vivo em sintonia conosco. É como um desejo incontrolável de ver uma coisa, e poder senti-la, conhecê-la, amá-la...
Acho que ainda não disse, mas creio que o que nasce por dentro é um sentimento tão sublime, puro; Um choro de alegria nos invade do nada, sem explicação, e nos leva a pensar cada vez mais em nossa vida, em como ela é bela. O prazer de existir em um lugar desse nos faz cometer loucuras, como a loucura de amar...



2 de março de 2011

Sentimentalírico...!

Perdido numa ilha.

Depois daquela aventura infeliz,
por muito meu corpo flutuou.
Na água azul daquele mar...
Perdi-me.

Vi que estava em uma ilha,
com uma natureza exuberante.
Logo vi uma pequena trilha,
e nela fui como um viajante.

Por meio das plantas, eu vi:
animais, de cores diferentes...
Garanti a mim que não sairia dali,
a menos que me faltasse um ente.

Na praia fiz uma fogueira,
de onde fiz o meu sustento.
Se eu pensava em fazer uma besteira,
conversava com meu amigo marrento.

Também construí uma pequena barraca,
e nela:
dormi,
comi,
vivi,
enalteci,
e pensei.

Pensei muito,
se a vida valhia a pena,
se o mundo me ofereceria chance,
se eu mudaria essa cena,
se eu acertasse o lance...

Da ilha poderia ir embora,
e lá não mais voltar.
E toda vez que olhasse a hora,
da ilha eu poderia lembrar...
ou sonhar.

Quem sabe, imaginar?

9 de fevereiro de 2011

Textos antigos...!

"Caríssimos, estou muito feliz em ver que vocês estão gostando das postagens! É muito bom saber que há alguém que gosta do que façamos. Pois bem, aqui vão mais dois textos há muito produzidos. Vejai."

Uma passagem.

Por toda a minha vida,
havia um muro alto na minha rua.
Era feito de tijolos grandes, pesados.
E sempre parecia forte, imponente, rígido.
Quando crianças, nos perguntávamos:
o que tinha atrás do muro?
Era um mistério.

Mistificávamos, mentíamos para os outros
tentando adivinhar o que ele escondia
por trás de sua armada.
Costumávamos dizer que havia um grandioso tesouro,
deixado por um rei muito rico.
Inventamos de tudo...
Nossa curiosidade era tremenda, que
um dia tentamos derrubá-lo:
Atiramos pequenos cascalhos em sua superfície,
inutilmente, ele nem sequer fez barulho.
Aí voltavamos ao questionamento,
do ídolo da nossa rua, o muro de concreto.
E assim foi que aconteceu, durante muito anos,
o muro intacto que pensávamos esconder algo...

O tempo veio, e como para todo mundo,
cresci, aprendi, envelheci...
Conheci segredos e artimanhas da vida.
Eu sabia caminhar pelas estradas mais confusas,
cantar as mais belas canções,
escolher a pedra com a inclinação necessária
para atirar no lago e obter um deslize,
e eu me senti completo.

Por toda a minha vida,
recordava-me do muro da minha rua.
E pensava, apenas pensava.
Não mais agia contra ele.
Não vi mais meus amigos curiosos,
não questionei o segredo do muro,
e não atirava pedras nele.
No fim, nunca vi o que tinha por trás dele.

Expirei, transcendi, e nada vi.
Creio que o muro ainda deve estar lá,
não sei se um dia alguém conseguirá derrubá-lo.
Tentei por muito tempo e não consegui...

Nada mais posso fazer agora,
já não tenho mais a chance...
Mas para você, deixo uma dica,
uma maneira de enxergar além do muro,
pois caso haja algum,
comece olhando para seu próprio coração,
e viva sua vida intensamente.
Como eu vivi, pensando no muro,
por toda a minha vida,
para bem mais tarde, eu descobrir:
quem estava por trás do muro,
era eu.

Colmeia.

Juntas, todas, uma grande confusão.
Para nós, já elas não.
Tem lá um líder, poderoso,
não possuímos o nosso,
e eu me mostro, receoso
e elas perguntam: E o vosso?

Não temos, respondemos.
É algo mais pessoal,
que talvez elas não entendam,
dessa forma distorcida e gradual.
Mas elas pensam, trabalham...
E nós?

E acusam-nos: Roubaram-nos!
A resposta vem estranha, esfarrapada:
Não é nada demais, não precisam mais que nós.
E fica arrasada.

Esquisita a comunidade a nossos olhos,
não creio eu que seja assim,
desmazelada, cheia, marfim.
Apenas vemos o mundo aos olhos, cegos?

Apossamo-nos do produzir delas,
com a intenção de disseminar,
o lúcido de desejo de um dia,
de igual a elas ficar.




29 de janeiro de 2011

Venci à guerra... !

'Caríssimos fellas! Há muito não me dirigia assim àqueles que fazem desse blog uma razão! Bem, aqui estou novamente. É, novamente. Tive alguns pequenos problemas que resultaram na minha ausência por aqui. Pretendo continuar com o blog este ano, postando mais. Bem, aqui vai o resultado das férias... São duas postagens, essa é a primeira. Aye, mates!'

Reflexão diária

No dia que fui à rua,
vi coisas estranhas, boas.
Bichos de todos os tipos
e sentimentos.
[incompletos.]

Ainda aí, vi algo que reconheci:
uma moça loura, que era alta!
Já havia a visto antes,
talvez num passado longínquo,
ou em um futuro já por mim vivido.

[E que animais estranhos!]
Eu diria!
Se fosse-me dada a chance,
se minhas palavras tivessem o alcance,
"Somos sete coisas incompletas."

Tomados da raiva inconsequente, de uma vontade de ser tangente, uma necessidade aparente; talvez também formados de desistência, rude como a resistência, de um proteger desnecessário.

Digo agora, em minha loucura,
escute se são for:
Sinto que é inútil necessidade,
do escrever.
[constante.]


(...)

Traço de dúvida... ?

Para que falar de flores,
sendo que a vida é feita:
junto à causa)
também de dores.

Para que ser tão profundo,
se realmente fadados estamos,
num caminhar conjunto,
a abandonar este mundo.

Para que pintar fantasias,
se elas são assim,
como nós)
seres repletos de hipocrisia.

Para que refletir,
se o hoje se faz sempre,
seria inocente?)
de um simples ir e vir.

Talvez porque sejamos amorosos.
Talvez porque sejamos temerosos.
Ou então por existir esperança,
naquele estranho sentir daquela dança,
na brevidade da cidade mansa.

Isso é apenas um questionamento,
que eu saiba, nada compromissado.
Mas diga-me, então:
para que escrever,
desse jeito lento e programado?

(...)