9 de fevereiro de 2011

Colmeia.

Juntas, todas, uma grande confusão.
Para nós, já elas não.
Tem lá um líder, poderoso,
não possuímos o nosso,
e eu me mostro, receoso
e elas perguntam: E o vosso?

Não temos, respondemos.
É algo mais pessoal,
que talvez elas não entendam,
dessa forma distorcida e gradual.
Mas elas pensam, trabalham...
E nós?

E acusam-nos: Roubaram-nos!
A resposta vem estranha, esfarrapada:
Não é nada demais, não precisam mais que nós.
E fica arrasada.

Esquisita a comunidade a nossos olhos,
não creio eu que seja assim,
desmazelada, cheia, marfim.
Apenas vemos o mundo aos olhos, cegos?

Apossamo-nos do produzir delas,
com a intenção de disseminar,
o lúcido de desejo de um dia,
de igual a elas ficar.




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