30 de novembro de 2010

Enfim, à casa o filho retorna...!

Erguido por uma força à parte de grande motivação que não será mencionada, aqui novamente estou expondo dois textos há muito produzidos. Apreciem. (Ou não!)

Concerto Viúvo

Ouvir, cantar, sentir.
Nada mais que puramente cair.
As teclas são fatores importantes,
Cordas são coisas fascinantes,
Natureza! Ceda-nos sua matéria-prima!
Silêncio.
Nada se ouve.
De repente se inicia um som, agudo,
Vê-se uma gota salgada escorrer,
Alguém se concentra, sobriamente.
Porém o som não está sozinho,
tem-se uma outra ajuda.
Elegante, bela clave de ouro,
Doce interpretação do papel já amarelado.
É sublime, perfeito, leve.
A condução ritmada, o baque.
Mãos e ondas dançam juntas.
Ritmo preciso. A luz dourada clareia o palco.

No fim, grande apreciação.
Mais sons de juntam à causa,
porém provindos de carne,
que um dia a natureza há de tomar,
para que sozinhos fiquemos novamente.

Enfim, à casa o filho retorna...!

Ciclo Estranho

Tenho um ciclo, e bem numeroso:
de flores,
de amores,
e cores,
até mesmo dores.

Ah! Como ele é extenso!
Sua força é como uma gangorra,
que sobe,
e desce,
e cresce,
desaparece...

Sua sintonia é quase perfeita,
almeja o alto; porém a queda
inevitável é, dura como uma pedra!
Quando recomeça, logo me assusto:
Prelúdio incompleto de um esforço conjunto.

Às vezes penso no ciclo como um pomar.
Frutas grandes, belas, ... e amargas!
Que desilusão, qual o humilde sociopata,
que tenta,
recomeça,
e vive,
e planta!

25 de setembro de 2010

O gato...!

O gato.

"-Incrível ser se uma existência,
sua convicção é algo incomum.
Seu olhar é fixo, certeiro,
fala como um ente, um bolo crescido."

"-Ora então, ser gato incomum:
Crescida personalidade, um chapéu.
Admirador de artes, dança fixa.
Dono do sorriso grande, dente certeiro."

"-Gosta de sentir o perigo, mas não de enfrentá-lo,
se as vezes se encoraja, logo defende o rabo.
De olhar listras ele ri, de brigas comenta.
Incrível ele é, mas não aparenta."

"-Ora, não encontro então a solução,
o que fazer, ajudar o coitado?"

"-Simples assim:
Tem uma poção que faz você encolher,
tem um bolo que faz você crescer,
gatos podem desaparecer."


14 de setembro de 2010

A Jangada...!

Vamos fazer uma jangada!
Para ver o mundo lá fora,
sentir o aroma da guerra,
e tentar assoprar a paz!

Vamos fazer uma jangada!
Bem simples, porém reforçada,
com troncos jovens de madeiras fortes,
e folhas grandes e bem verdes.

Nela velejaremos por aí, sobre um mar azul,
[ou preto, ou vermelho]
à luz de estrelas amarelas, contaremos constelações,
ou não!
Mas seremos completos.

Vamos fazer uma jangada!
Que nela haja conforto, amor
de companhia humana!
A muitos falarei da jangada,
pois ela é única e especial...

Passou o tempo, veio a tempestade.
Ela veio forte, balançou e ricocheteou em minha obra.
Ela foi destruída, arrasada. Só não entendo,
o que faltou nela? Simplicidade, talvez...

(...)

Hoje não velejo mais na jangada,
guardei-a no canto escuro da casa,
junto com desejos e momentos perdidos ou esquecidos.
E de nada tenho receio... eu acho.

Vamos fazer uma guerra?


13 de setembro de 2010

No escuro...!

No Escuro

Estou no escuro, peço socorro,
não vejo nada, então corro.

Corro não sei para onde,
porém tento ir até o mais longe.

Minha situação é até boa:
Desnudo e distante em minha humilde proa.
Vou velejando, num caminho sem fim...
Caminho sem fim?
Sem fim.

Ora, venha dançar comigo, assim.

E mais alguns...!

Ora, mas é a sessão do descarrego! Bem, eu havia escrito alguns textos anteriormente, e resolvi tirá-los do papel, postando aqui no blog. Alguns são de inspirações loucas, mas acho que mesmo assim preciso considerá-los. Bem, eis aí.


O ângulo perfeito



Olhando assim, vejo que há o torpor.
É simples assim, eu só preciso do fator.
O som que ouço é acalmante,
o frio que sinto é soma incessante,
o que vejo é o ângulo determinante.



E tudo! O que há de ser?
Irá fazer isto lembrar-me.
Já é tarde, vem aqui, o frio,
e o vento traz em sua canção, ar
mais o fator, com suas funções...
A fim.

9 de setembro de 2010

Poemas...!

Sim, ainda há inspiração em meu ser para criar coisas absurdas e constrangedoras. Aqui, postarei um humilde texto espontâneo, que surgiu das entranhas de um momento de lentidão. Não tem nada de explícito, é apenas um questionamento. Até.

O Rato

Vejo um rato, um rato astuto.
Ele foge, corre feito um trem,
Mas não vejo o que vem atrás.

De repente, vem uma moça alta,
e captura o rato na concha das mãos.
Ela o veste com uma meia encardida,
e depois o põe dentro de uma gaiola de madeira.

Mais tarde, vem um menino troncudo e feio.
Ele vê o rato na gaiola, o pega, e pensa:
"Vou comer este rato.", e ao levá-lo à boca,
o rato o morde num talho sangrento,
e o menino o deixa escapar.

O rato foge, e corre rápido feito um trem.
O rato astuto.

17 de agosto de 2010

Uma singela homenagem...!

"Era uma vez um ourives, um ourives diferente. Ele era realmente muito bom no que fazia, lapidava suas pedras e joias de uma maneira sublime. Para consegui-las, ele saía de manhã pela estrada em direção ao riacho que por ali passava, afim de procurar por tesouros escondidos. Quando os encontrava, ainda cobertos de uma camada terrosa, eram levados pelo próprio ourives enrolados num pedaço de forro surrado até a sua casa. Tratava das pedras sujas da mesma forma, todas com a mesma gota de suor.
Para decidir em qual trabalhar, ele as levava para a mesinha velha de carvalho que ficava debaixo da janela, por onde adentrava a luz alaranjada da tarde. Ali, as pequenas pedras ficavam também a noite toda, iluminadas pelo luar alvo, acompanhado de estrelas.
Já de manhã, o ourives as recolhia cuidadosamente, e as levava para sua oficina. Porém ele não trabalhava em qualquer uma delas! Ele as observava atentamente primeiro, ainda encrostadas, e aquelas que apresentassem o brilho mais considerável para ele, é que seriam transformadas.
Quando prontas, as pedras que eram antes sujas e cobertas de barro, viravam belas peças de beleza, que irradiavam a luminosidade de forma sutil e encantadora. As novas pedras, mostravam para o mundo suas novas faces, que eram capazes de atrair alguns e surpreender outros.
E sabendo que havia feito um bom trabalho, feliz, o ourives repousava na sombra da ameixeira, à tardinha, observando calmamente o voar das aves e refletindo sobre o mundo..."

E esta é a simples história do ourives pensador, que conseguia enxergar o verdadeiro brilho das coisas por trás de suas aparências.

9 de agosto de 2010

Vamos falar de pessoas...!

O ciclo é extenso. Bem grande mesmo. É nele que residimos, da maneira como nos for conveniente. Cada um tem a sua própria sina, uma estrada por onde vemos as pessoas passarem. Mas não só pessoas! Ideias, propostas, oportunidades, enfim, tudo (tudo mesmo.) aquilo que nos pode ser oferecido.

Alguns me perguntam o porquê de tudo isso. É coisa de louco, respondo. Mas somos todos loucos, só que temos a capacidade de omitir tal comportamento. Esse comportamento pode ser bom ou ruim; o seu, eu não sei.

Mas sabe, eu acho que devemos olhar sempre para as pessoas que passam por nossa estrada, enxergá-las claramente e aprender com o que mais nos for interessante. Muitos passaram pela minha, alguns em especial: pessoas que me inspiraram e que ainda me inspiram! Me questionam às vezes se tiro tudo o que escrevo da minha cabeça. Respondo rapidamente: "Não escrevo pela minha conta, mas pela conta do mundo".

E deixo o mundo me levar... Aonde vou parar? Só vocês podem me responder.

17 de maio de 2010

Tributo a Carroll

Título mais estranho para post hem... Mas vamos lá (Vem cá!). Fellas, eu terminei em um prazo bem curto o livro " Alice ..." e concluí eu que Lewis era um gênio. Não, sério, a pessoa tinha que ter uma inspiração tremenda. Desafio os anais que dizem que o livro é destinado ao público infantil. Não há realmente nada de infantil no livro (OK, tirando os personagens bonitinhos e os desenhos benfeitinhos), pois a história é bem complexa. Toda cena esconde uma "Moral", como disse a Duquesa, que pode ser interpretada sabiamente por nós leitores.

Na relação filme-livro, acho que o Burton fez o melhor que ele podia com a história, pois ela também trata desses mesmos juízos universais e é lógico, é muito mais interessante se ver do que se ler (Claro, em 3D é melhor). Taí mais uma pequenita sugestão fellas... Agora cortem-lhe as cabeças...

P.S.: Se algum fella souber a semelhança entre um corvo e uma escrivaninha, por favor, conte-nos.

9 de maio de 2010

Mãe!

Sim fellas, hoje é dia das mães! Dia de retribuir os favores prestados por essas esplendorosas criaturas em nossas vidas.
"Ó mãe, doce alma do nosso viver,
a cada dia que passa mais parecido com ti quero ser.
Tua aura tão bela, necessária, implacável,
santa és tu ; és tão amável!
Que você possa de mim sentir,
mesmo com barreiras que hão de vir,
saiba que com ti quero estar em teu seio,
protetor lar de meu anseio!"

Aquele com a chave, em um momento de sentimentalismo.