17 de agosto de 2010

Uma singela homenagem...!

"Era uma vez um ourives, um ourives diferente. Ele era realmente muito bom no que fazia, lapidava suas pedras e joias de uma maneira sublime. Para consegui-las, ele saía de manhã pela estrada em direção ao riacho que por ali passava, afim de procurar por tesouros escondidos. Quando os encontrava, ainda cobertos de uma camada terrosa, eram levados pelo próprio ourives enrolados num pedaço de forro surrado até a sua casa. Tratava das pedras sujas da mesma forma, todas com a mesma gota de suor.
Para decidir em qual trabalhar, ele as levava para a mesinha velha de carvalho que ficava debaixo da janela, por onde adentrava a luz alaranjada da tarde. Ali, as pequenas pedras ficavam também a noite toda, iluminadas pelo luar alvo, acompanhado de estrelas.
Já de manhã, o ourives as recolhia cuidadosamente, e as levava para sua oficina. Porém ele não trabalhava em qualquer uma delas! Ele as observava atentamente primeiro, ainda encrostadas, e aquelas que apresentassem o brilho mais considerável para ele, é que seriam transformadas.
Quando prontas, as pedras que eram antes sujas e cobertas de barro, viravam belas peças de beleza, que irradiavam a luminosidade de forma sutil e encantadora. As novas pedras, mostravam para o mundo suas novas faces, que eram capazes de atrair alguns e surpreender outros.
E sabendo que havia feito um bom trabalho, feliz, o ourives repousava na sombra da ameixeira, à tardinha, observando calmamente o voar das aves e refletindo sobre o mundo..."

E esta é a simples história do ourives pensador, que conseguia enxergar o verdadeiro brilho das coisas por trás de suas aparências.

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