29 de junho de 2011

Por trás de um reflexo invisível...!

Espada e Espelho


Tem um armário no meio do jardim.
Nele não sei o que tem dentro.
Ele é bonito, alto e sucupira,
mas o jardim se mantém assim:
flores belas e plantas verdes.
Chego perto do armário, tento abri-lo,
mas não abre, está trancado...
Onde está a chave? - pergunto.
Não encontro. Desisto.
Esqueço-o, então; vou para a margem.
Ando distraído, não vejo a rosa...
Nela eu piso, vejo; machuco-me,
seu espinho adentrara em mim.
O sangue sai, ardente.
Rubro fluido de quente valor,
colore a natureza,
a verde natureza se torna rubi;
algo se destranca!
O armário se abrira.
Dentro, um espelho me refletia,
mas eu me via despido; de alma, amor, consciência...
Sentia-me infectado pela humilde flor,
minha vida tomara outro rumo,
e por um instante de segundo,
entendi que minha vida era muito simples.



16 de junho de 2011

O quê...?

Olá a todos!

Venho aqui por meio destas palavras comunicar-me diretamente com vocês, pois parece que metaforicamente as coisas ficam mais complexas, naturalmente.

Desde que comecei a pôr em palavras o que vem na cabeça, vejo alguns questionamentos e dúvidas em  relação à algumas alegorias... Mas vejo elas de uma forma boa, pelo menos sei que ainda existem alguns únicos capazes de lerem o que um mortal escreve sobre seus questionamentos. Mas vejam só que coisa incrível! Me questionam sobre o que questiono sobre o mundo! Não é admirável?
Então, sou obrigado a fazer outro questionamento: Todas as questões aqui em questão um dia serão respondidas? 

Bom, já que estamos todos em dúvida, acho que a resposta é não... Mas tudo bem, de nada vale a vida sem uma boa pergunta sobre o mundo que nos cerca. Afinal, que nunca perguntou: "Por quê?"...

Abraços a todos os fellas, espero que cada vez mais possamos compartilhar dúvidas! Até.

Não nos dignificamos à...!

Sombra e medo

À noite, durmo.
Num doce entrar de descanso,
minha alma revigora;
[um dia a menos de vida]

Não só descanso, digo eu!
Entro num mundo só meu,
de puro sentir e solidão...
Meu local favorito de reflexão.

Ergo-me em enormes pilares,
onde por cima belos mosaicos dançam;
Aos que pergunto, sonhas?
Se não, da forma se afastam.

Nesse local de fantasia diferente,
que é feito também de escuridão,
se piso num lugar mais a frente,
vejo pombas brancas brotarem do chão.

De um chão de escuridão!
De uma construção em demolição!
Um mundo bem profundo.
E de um descanso, que tão breve, me canso.

...

9 de junho de 2011

Poemas perdidos em versos encontrados...!

"Olá, fellas. Bom, feita a promessa, agora tenho que cumpri-la não é? Aqui vai mais um texto bem velho... Juro que para mim ele não tem nenhum significado mais, mas achei interessante falar de algo que nós passamos o olho tão rapidamente. Bem, aqui está, e em breve, terei por aqui uma história mais interessante... Até!"


O Segredo da Palavra

Olha ela lá, a palavra.
Aquela que vem de cara,
com uma força brutal,
que pode também ser passional.
Ou não.
Te veem muitas, complexas.
Às vezes compridas, confusas;
esbofeteam-lhe a cara,
fazem piada e contam histórias.
Uns tentam ganhar proveito dela:
Aprendem tudo a seu respeito,
leem-na, releem-na, e logo depois,
num traço de instante,
ela os passa a perna,
e ri.

Maldosa ela é, garanto.
Pode ser de extrema mentira,
de má índole; de ordens e conselhos
há muito escritos.             [ e descritos. ]
Porém necessária ela é,
eu digo:
Conta-nos o que acontece agora,
ou o que deixou de acontecer.
Pode parecer estúpida, mas...
É parte de nosso ser.
Seja manuscrita ou digitada,
a palavra não é, [ penso eu ]
uma coisa unificada.

E a idolatro, plenamente.