25 de setembro de 2010

O gato...!

O gato.

"-Incrível ser se uma existência,
sua convicção é algo incomum.
Seu olhar é fixo, certeiro,
fala como um ente, um bolo crescido."

"-Ora então, ser gato incomum:
Crescida personalidade, um chapéu.
Admirador de artes, dança fixa.
Dono do sorriso grande, dente certeiro."

"-Gosta de sentir o perigo, mas não de enfrentá-lo,
se as vezes se encoraja, logo defende o rabo.
De olhar listras ele ri, de brigas comenta.
Incrível ele é, mas não aparenta."

"-Ora, não encontro então a solução,
o que fazer, ajudar o coitado?"

"-Simples assim:
Tem uma poção que faz você encolher,
tem um bolo que faz você crescer,
gatos podem desaparecer."


14 de setembro de 2010

A Jangada...!

Vamos fazer uma jangada!
Para ver o mundo lá fora,
sentir o aroma da guerra,
e tentar assoprar a paz!

Vamos fazer uma jangada!
Bem simples, porém reforçada,
com troncos jovens de madeiras fortes,
e folhas grandes e bem verdes.

Nela velejaremos por aí, sobre um mar azul,
[ou preto, ou vermelho]
à luz de estrelas amarelas, contaremos constelações,
ou não!
Mas seremos completos.

Vamos fazer uma jangada!
Que nela haja conforto, amor
de companhia humana!
A muitos falarei da jangada,
pois ela é única e especial...

Passou o tempo, veio a tempestade.
Ela veio forte, balançou e ricocheteou em minha obra.
Ela foi destruída, arrasada. Só não entendo,
o que faltou nela? Simplicidade, talvez...

(...)

Hoje não velejo mais na jangada,
guardei-a no canto escuro da casa,
junto com desejos e momentos perdidos ou esquecidos.
E de nada tenho receio... eu acho.

Vamos fazer uma guerra?


13 de setembro de 2010

No escuro...!

No Escuro

Estou no escuro, peço socorro,
não vejo nada, então corro.

Corro não sei para onde,
porém tento ir até o mais longe.

Minha situação é até boa:
Desnudo e distante em minha humilde proa.
Vou velejando, num caminho sem fim...
Caminho sem fim?
Sem fim.

Ora, venha dançar comigo, assim.

E mais alguns...!

Ora, mas é a sessão do descarrego! Bem, eu havia escrito alguns textos anteriormente, e resolvi tirá-los do papel, postando aqui no blog. Alguns são de inspirações loucas, mas acho que mesmo assim preciso considerá-los. Bem, eis aí.


O ângulo perfeito



Olhando assim, vejo que há o torpor.
É simples assim, eu só preciso do fator.
O som que ouço é acalmante,
o frio que sinto é soma incessante,
o que vejo é o ângulo determinante.



E tudo! O que há de ser?
Irá fazer isto lembrar-me.
Já é tarde, vem aqui, o frio,
e o vento traz em sua canção, ar
mais o fator, com suas funções...
A fim.

9 de setembro de 2010

Poemas...!

Sim, ainda há inspiração em meu ser para criar coisas absurdas e constrangedoras. Aqui, postarei um humilde texto espontâneo, que surgiu das entranhas de um momento de lentidão. Não tem nada de explícito, é apenas um questionamento. Até.

O Rato

Vejo um rato, um rato astuto.
Ele foge, corre feito um trem,
Mas não vejo o que vem atrás.

De repente, vem uma moça alta,
e captura o rato na concha das mãos.
Ela o veste com uma meia encardida,
e depois o põe dentro de uma gaiola de madeira.

Mais tarde, vem um menino troncudo e feio.
Ele vê o rato na gaiola, o pega, e pensa:
"Vou comer este rato.", e ao levá-lo à boca,
o rato o morde num talho sangrento,
e o menino o deixa escapar.

O rato foge, e corre rápido feito um trem.
O rato astuto.