15 de outubro de 2014

Sobre um romance...!

Carta de amor.

Incondicionalmente 
Vou vivendo essa aventura
De amar novos anseios
Desejar traços curvos 
Dançar pensamentos de inverno 
e beber de vinhos escuros

Incondicionalmente 
Estou trilhando a minha sina
Forma desatada
nova esquina;
Um ébano que banha meus olhos
com seu floreio de claro ardor
E um mote do novo amor 
que inspirou teu olhar sofrido

Eis que tradicionalmente 
vais cruzando dúbios antares 
causando em mim 
Cós de novos ares;
Desprovido dum sentir esquecido
duma rodada já servida 
dum coração já partido...

Eis que então,
incessantemente;
vou-me cego guiando pelas bordas,
das entranhas desse sentimento
Arrancando fechaduras das portas
Aguardando por um momento...

Que você venha e diga que me ama
Incondicionalmente.


10 de outubro de 2014

Versos soltos...!

Teoria da Conspiração 

Seu encanto
Minha casta
Que me abraça,
me atrasa
E corre o rio
e morre a planta.

estou contido
Em nua libido
Do homem avante! 
Mas me é gritante;
da solidão que arrasa
parte de  tua asa.
E leva-me ao canto.

Tua boca prende
ao homem,
Um ente! 
do clamor ao luar
espada fria ao cortar
Um novo enlace de um amar

Figuras flácidas floreiam férteis fontes
E a torrente cálida, 
De um amante!
cuja sangria alva,
cujo calor aquém, 
fora jogado ao monte
por um outro ninguém. 
Inconstante 

Palavras soltas,
de um viajante.

8 de outubro de 2014

Poema escuro.

Imerso em ilhas escuras
Por detrás de um sonho aguento
Vou caminhando relutante 
Desse jeito de um aspirante
A uma vida dum lacre sangrento 

Sua aura é sombra que me cega
Seu olhar é tonaz verde que me encanta 
é o tolo cuja crença gera tanta desavença
pois me culpo por em breve cair 
em céu aberto há novo tempo. 

O trapo que me vestiu já agora me enoja.
Uma fração de alma que larguei para trás 
[num alento extenso de tensão]
Tão breve me traz essa sensação 
Que canta em altos brados aos meus ouvidos 
Já surdos!
De pura magoa, ardor e são.